terça-feira, 7 de setembro de 2010



Década de 80

A diversidade é o principal aspecto do teatro dos anos 80. O período se caracteriza pela influência do pós-modernismo, movimento marcado pela união da estética tradicional à moderna. Os expoentes dessa linha são os diretores Gerald Thomas, Ulysses Cruz, José Possi Neto, além de outros.

Outra linha que surge e ganha enorme repercussão no período é o chamado Teatro Besteirol. O movimento nasceu no Rio de Janeiro e tem como principais pilares o humor anárquico e o rompimento com o engajamento e a cultura dita erudita que dominavam a cena no final da década de 70.

Para Bárbara Heliodora, crítica de teatro do jornal O Globo, o Besteirol foi uma espécie de “herdeiro meio torto” da tradicional comédia de costumes, o lado mais forte de toda a dramaturgia brasileira. “Depois da negra época da censura, a aparição dos besteiróis se apresentou como uma forma de comunicação imediata. Este foi um ótimo instrumento para que o teatro começasse a atrair de novo um público que andava muito afastado", avalia Bárbara.

Após a abertura política no Brasil, com o fim da ditadura, presumia-se que seriam encenados pelos grandes atores e pelas companhias teatrais, os textos censurados durante o citado período, mas surpreendentemente, inicia-se outro período do teatro brasileiro com o surgimento do besteirol, trazendo textos irreverentes, curtos (ao estilo de esquetes), extremamente flexíveis e que se opunham ao que era considerado teatro sério.

Para relembrar esta fase, seus textos, autores, importância para a história do teatro brasileiro e para gerar discussões e reflexões que atingem a atual cena teatral, o Clube de Leitura apresenta esquetes dos textos mais representativos deste movimento. Serão lidos quadros dos textos: Doce Deleite, As sereias da Zona Sul, Bar, doce bar e Quem tem medo de Itália Fausta?

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